FERNANDO PESSOA
Nasceu em Lisboa, em 13 de Junho de 1888
Foi, em 1896, com a mãe para Durban, África do Sul e fez lá os seus estudos primários e secundários
Regressou a Portugal em 1905 e ingressa no Curso Superior de Letras, do qual desiste mais tarde
Morre em 30 de Novembro de 1935
Motivos poéticos e caracterização do poeta
expressão musical do frio, do tédio e dos anseios de alma
resignação dorida de quem sofre a vida sendo incapaz de viver
egotismo exacerbado
cepticismo
náusea
gosto pelo que é popular
intelectualização do sentir
obsessão da análise
solidão interior, angústia existencial, melancolia, resignação
inquietação perante o enigma indecifrável do mundo
fragmentação do Eu, perda de identidade
procura, absurdo, ansiedade
nostalgia do bem perdido, do mundo fantástico da infância
não inculca normas de comportamento
vive pela inteligência intuitiva e pela imaginação
Estilo
eufonia dos versos
linguagem fina
expressão límpida
associações inesperadas (interseccionismo)
preferência pela métrica curta
linguagem simples, espontânea mas sóbria
reticências
gosto pelo popular (uso frequente da quadra)
versos leves em que recorre frequentemente à interrogação
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Nasceu em Tavira, em 15 de Outubro de 1890
Fez o Liceu em Portugal e o curso de engenharia na Escócia
Engenheiro naval (por Glasgow), vive em Lisboa
Viajou pelo Oriente (de onde resultou o Opiário)
Alto, magro e com tendência a curvar-se
Motivos poéticos e caracterização do poeta
amor à vida
masoquismo
triunfalismo modernista
abulia, tédio, cansaço e náusea
civilização
É o poeta do real objectivo
recusa a expressão em termos de sentimentos
não quer saber do passado nem do futuro.
Vive no Presente
defende a existência antes do pensamento; o corpo antes do espírito
poeta sensacionalista, por vezes escandaloso
poeta intelectual o mais evolutivo dos heterónimos (3 fases)
elogio da civilização industrial, moderna, da velocidade e das máquinas, da energia e da força, do progresso
poeta futurista, sensacionista e por vezes escandaloso (segundo Pessoa)
predomínio da emoção espontânea e torrencial
elogio da civilização industrial, moderna, da velocidade e das máquinas, da energia e da força, do progresso
virado para o exterior, tenta banir o vício de pensar e acolhe todas as sensações
Estilo
verso livre
longos versos de 2 ou 3 linhas
apóstrofes repetidas
oxímoros
onomatopeias
estilo esfuziante, torrencial, dinâmico
exclamações, interjeições
RICARDO REIS
Nasceu no Porto, em 19 de Setembro de 1887
Educado num colégio jesuíta (latinista por educação alheia e semi-helenista por educação própria), formou-se em Medicina
Por ser monárquico, partiu para o Brasil em 1919
Era moreno, mais baixo e mais forte que Caeiro
Motivos poéticos e caracterização do poeta
paganismo
busca de um prazer relativo
aceitação calma da ordem das coisas
discípulo de Caeiro, como o Mestre, aconselha a aceitação calma da ordem das coisas e faz o elogio da vida campestre, indiferente ao social
opõe a moral pagã à moral cristã, considerando a primeira uma moral de orientação e disciplina e a segunda uma moral de renúncia e desapego
faz o elogio do epicurismo (tendência para a felicidade pela harmonização de todas as faculdades através da disciplina)a sabedoria consiste em gizar a vida (mais como tentativa) através de um exercício da razão
tem consciência da dor provocada pela natureza precária do homem.
Medo da velhice e da morte.
Crença no Fado
é austero (no sentido clássico do termo), contudo, disciplinado, inteligente
É o poeta da razão
é um homem civilizado, de boas e elegantes maneiras, culto, pagão (de um paganismo decadente)moralista
Estilo
constrói laboriosamente o seu estilo
revela formação clássica
poesia de 2ª pessoa
dramatização do pensamento que condensa na Ode
monólogos estáticos
ALBERTO CAEIRO
Nasceu em Lisboa, em 16 de Abril de 1889
Viveu quase toda a vida no campo;
órfão de pai e mãe desde muito cedo, viveu de pequenos rendimentos, com uma tia-avó;
não teve profissão nem educação literária para além da 4ª classe
De estatura média, era louro e tinha os olhos azuis
Motivos poéticos e caracterização do poeta
variedade da Natureza
panteísmo sensual
aceitação calma do Mundo tal como é
"atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo"
deambulismo
misticismo naturalista
Angústia existencial
tédio, náusea, desencontro com os outros
presença terrível e labiríntica do Eu de que o poeta se tenta libertar
goza em cada impressão o seu conteúdo original (epicurismo)
homem ingénuo
identifica-se com a Natureza, vive segundo o seu ritmo, deseja nela se diluir, integrando-se nas leis do Universo, como se fosse um rio ou um plantalírico, instintivo, espontâneo, ingénuo, inculto (em relação à sabedoria escolar)
Estilo
expressões familiares
imagens e comparações bem conseguidas
pobreza lexical
verso livre
fazer poesia é uma atitude involuntária
transformação do abstracto no concreto
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